'Careca do INSS' doou R$ 1 para campanha de Bolsonaro em 2022
Informação consta no site do próprio TSE, onde o nome e o CPF é o mesmo que consta no relatório da PF sobre a Operação Sem Desconto
Publicado: 30/04/2025, 09:13

O empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos principais lobistas na fraude do INSS, doou R$ 1 para a campanha de Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
A informação consta no site do próprio TSE, onde o nome e o CPF é o mesmo do que consta no relatório da Polícia federal sobre a Operação Sem Desconto.
A doação foi feita no dia 12 de setembro de 2022, antes do primeiro turno.
Conhecido como “Careca do INSS”, ele foi alvo de busca e apreensão e aparece no relatório da PF como detentor de diversas procurações para atuar em nome de entidades que cobram os descontos associativos não-autorizados por aposentados e pensionistas.
Os investigadores listam um rol de 22 empresas das quais ele seria sócio, sendo que “várias de suas empresas estão envolvidas e são utilizadas” na fraude do INSS, segundo o documento.
“Com efeito, verificou-se que as empresas de ANTÔNIO CARLOS CAMILO ANTUNES operaram como intermediárias financeiras para as entidades associativas e, em razão disso, receberam recursos de diversas associações que, em parte, foram destinados a servidores do INSS.
Chama atenção, ainda, que Antônio Carlos é “sócio de várias empresas de Sociedade de Propósito Específico (SPE), as quais detêm personalidade jurídica própria, utilizadas na tentativa de blindar os sócios controladores”, segundo o relatório da PF.
Além disso, diz que “não bastasse isso, todas as empresas foram constituídas em período contemporâneo aos repasses advindos das entidades associativas e suas intermediárias”.
O texto aponta ainda que uma instituição financeira informou que ele movimentou em suas contas R$ 4,2 milhões em um período de dois meses.
A PF aponta ainda que ele repassou recursos para a mulher de Virgilio Antonio Ribeiro de Oliveira, afastado na semana passada do posto de procurador-geral do INSS por suspeitas de envolvimento no esquema.
A investigação da PF mostra ainda que o “Careca do INSS” também repassou recursos a a Alexandre Guimarães, ex-Diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS, e ao escritório do filho do ex-diretor do INSS, Andre Fidelis.
Com informações: CNN.